Em 22/1/2011, postei o texto “Bobagens impublicáveis”. Como não houve nenhuma impugnação à sua publicação, mesmo sendo impublicável, quero crer que ele não tenha causado tantos malefícios aos meus pacientes e amigos leitores. Em virtude deste vício, ou em vício desta virtude – nunca sei ao certo –, minha condição de aposentado continua a proporcionar momentos de ócio em que não produzo nada que possa mudar o curso da história, ou mesmo auxiliar a qualquer de vocês a levar a cabo um dia estafante de trabalho. Mas, enfim, cada um na sua: não sou Madre Teresa de Calcutá, Irmã Dulce, mas, felizmente também, não sou Paulo Coelho, nem nenhum desses bispos que operam milagres a cada minuto nos canais de televisão. Infelizmente, também, não ganho a grana que eles ganham dizendo as bobagens que dizem.
Pelo menos, aqui, ninguém precisa pagar dízimo, nem será condenado por isso.
Vejam, então, aí abaixo, as pérolas daquilo a que Millôr Fernandes chama “livre pensar é só pensar”, ou coisa que o valha. Que Aristóteles, Santo Agostinho, Marquês de Maricá e Barão de Itararé tenham um pouco de condescendência e não me condenem! Também tenho cá os meus direitos.
Zatonio Lahud, em seu blog Interrogações, tem repetido que não somos racionais. Acho que com esses pensamentos ele, fatalmente, mudará de ideia a respeito da raça humana, a única raça ruim que não presta e só piora a cada dia.
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1. Nunca ponha letreiro na testa. A prefeitura pode querer enquadrá-lo(a) no código de posturas municipais.
2. A vaca perdeu as estribeiras depois de avacalharem com a sua vida.
3. Não se come queijo prato com as mãos. Evidentemente que é com a boca.
4. Em Brasília, o forno da pizzaria jamais fica sem lenha queimando. Na calada da noite, podem sair pizzas fresquinhas.
5. Jogador que não sabe bater pênalti em decisão de campeonato deveria ser emasculado e, depois, treinar cobranças com seus próprios testículos.
6. Por que tenho de embarcar em trem, ônibus, avião, bonde e automóvel se nenhum deles é barca?
7. A pior forma de humilhação é quando o milho fica chocho?
8. Como já diziam os antigos, tudo que parece novo vai envelhecer também. É só esperar um pouco. Vejam só o caso do Cinema Novo: não há nada mais velho.
9. Uma boa reforma agrária também poderia prever a distribuição de mulheres frutas, como a Mulher Melancia e a Mulher Moranguinho. Neste caso, guardem um minifúndio para mim.
10. O trem mais feio que tem é quando um trem bate de frente com outro trem, numa ferrovia mineira. Eh, trem feio, sô!
11. É comum solidariedade entre duas mulheres, no velório de uma delas.
12. Time mal escalado é pior que calo encravado, bolo solado e promessa de deputado.
13. "Em Brasília, dezenove horas": vamos ouvir a voz dos donos.
14. Millôr disse que livro não enguiça. Às vezes, porém, alguns dão uma preguiiiiça...
15. Se algo dá pano para as mangas, devia dar também para a camisa inteira, bem como o feitio e os aviamentos.
16. Marcha nupcial é marcha fúnebre com início feliz.
17. Samba sincopado é o que o sambista faz, ao lado da cozinha, com autorização da patroa, enquanto espera a gororoba ficar pronta.
18. Matusalém só viveu tanto tempo, porque ficou esperando pela troca de seu esquisito nome num cartório da Caldeia, o que nunca ocorreu. Lá como aqui!
19. Quando um não quer, o outro tem de brigar consigo mesmo, isto é, tem de tornar-se um self fighter man.
20. Em casa de pé de cana, cachaça é tira-gosto de linguiça.
21. No Brasil, professor professa uma crença sem paraíso: a educação pública.
22. A pior defesa que existe é o contra-ataque inoperante.
23. A alegria do palhaço é a desgraça do dono do circo.
24. Quando, no Brasil, polícia prende polícia, periga serem as duas suspeitas.
25. Se as praias, as mulheres, as garrafas e até as estradas têm curvas, fica muito difícil ter retidão de caráter.
26. Tudo é relativo, até o ativo e o passivo.
27. As Escolas de Samba do Rio de Janeiro esquentam tanto o Carnaval, que acabam pegando fogo, literalmente.
28. Na vida real, a ficção parece coisa de cinema; enquanto, na ficção, a vida real é, realmente, coisa de cinema.
29. Um dia é da caça, o outro é dos fiscais do IBAMA.
30. Homem mariquinha não pode chamar-se Ricardão.
31. Louva-a-deus não tem religião, vaga-lume não paga conta de luz, fogo-apagou não trabalha no Corpo de Bombeiros. E eu que sempre tive a maior fé na natureza!
32. Quem sai aos seus, às vezes, degenera. E como! É só ver certas famílias de políticos brasileiros.
33. Assim na vida como na arte, ou vice-versa. Só que quem leva a maior parte é sempre o empresário.
34. A primeira missa no Brasil não teve nada de santa: havia mais índio pelado que português trajado. Pelo menos, na pintura famosa.
Rachando de rir aqui. Muito bom, meu Barão de Carabuçu!
ResponderExcluirEis um verdadeiro manual de auto ajuda.
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