Não me importa se a esquerda torta suporte meu verso
Se a direita estreita condene sua rima
Se o socialismo progressista critique meu ego
Ou o fascismo canhestro impeça que se imprima
Se o castrismo obsoleto lhe meta no prego
E o nazismo abjeto odeie seu tema
Assim como o niilismo efusivo
Ou que os epicuristas altruístas
Se revoltem num súbito instante
E condenem ou joguem por terra
O que não contiver só prazer
Tanto quanto o marxismo renovado
Ou o velho movimento dadá
Recrudesçam em suas verdades
E o pilhem na próxima estrofe
E lhe quebrem o metro impreciso
Não me importa nenhum referendo
Que não seja apenas aquele
Norteado por quem num momento
Busque apenas sem ânsia sem medo
Preencher seus segundos de tédio
E não tenha a menor compaixão
Se meu verso sirva a isso ou não
Eu agora sou só anti...menos o Botafogo.
ResponderExcluirEis um manifesto que subscrevo, assino, endosso, propago, defendo, vivo e morro (se preciso). E não será mais por tédio que me movo mas porque, sarado por tal receita, reconheço autoridade neste evangelho.
ResponderExcluirFalou, Paulo Laurindo. Obrigado.
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