Empoeirada ou com barro
Cruza a tropa de burro
Com um carreiro e seu carro
Uma vai
O outro volta
Uma volta
O outro vai
Na faina de todo dia
Cumprindo a sina pesada
De levar pela estrada
O que se acumula na vida
Pode ser que não se toquem
O carro de boi e a tropa
Apenas cruzem silentes
Com a carga que lhes cabe
Com sujeição sempre em frente
E chegam ao termo da lida
O carro e a tropa cansada
Despejam a carga no chão
E já não sentem mais nada.