16 de março de 2011

CANÇÃO CONTEMPLATIVA

da janela vejo a chuva que despenca com o outono
não são lágrimas que choro apesar da solidão
a ninguém se destina um gesto de afago
e o olhar penetra fundo no emaranhado das gotas
e das lembranças que se vão perdidas

há apenas um tempo hoje e nada mais

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