Imagem em cobatest.org. |
2. O CEGO - O cego chegou tateando a parede da direita da lanchonete, bengala na mão esquerda. A mocinha que servia à mesa ajudou-o a encontrar um assento. Ele se acomodou e pediu certo tipo de sanduíche da promoção, acompanhado de batatas fritas e refrigerante. Aguardou pouco tempo. Ao receber a encomenda, solicitou à mocinha simpática e prestativa que colocasse sua bandeja em determinada posição, para facilitar. Comeu tudo, tomou seu refrigerante, pagou a conta e saiu tateando a parede da esquerda, bengala na mão direita. Caminhou mais um pouco e tomou a condução que o levou de volta a casa. Fez como qualquer pessoa que enxerga, mas teve um distúrbio gástrico, porque não deveria ter-se empanturrado com tanta fritura, como lhe recomentara o médico.
3. O GAGO E O SURDO - O gago, ao chegar à farmácia, um tanto esbaforido, não conseguiu pedir o remédio que lhe fora solicitado comprar por sua mãe, senhora já de certa idade e chegada a uns medicamentos mais antigos: elixir paregórico. Gaguejou tanto que acabou levando alka-seltzer, porque foi, mais ou menos, isso o que o surdo atendente compreendeu. Contudo demorou tanto na tarefa que, ao chegar de volta a casa, o distúrbio de sua mãe já se curara. Então ele aproveitou que tinha o efervescente à mão, deitou-o em um copo d’água com açúcar e algumas gotas de limão e tomou como se fosse refrigerante.
Imagem em gartic.uol.com.br. |
4. OS DOIS NEGROS - O jovem negro solicitou a parada do ônibus, acionando o botão colocado no corrimão superior. O motorista, também negro, olhou pelo retrovisor e o viu levantando-se do lugar onde estivera sentado durante toda a viagem. O passageiro pediu licença para passar entre dois outros passageiros de pé e de costas um para o outro, até chegar à porta de saída. Agradeceu ao motorista que, no momento, enxugava o suor do rosto com uma toalha do seu time de futebol, que era também o dele, jovem. Deu um sorriso maroto para o motorista e comentou sobre a derrota da noite anterior. O motorista arrancou com o ônibus, um tanto chateado, mas sabia que ali ia um camarada seu.
5. A BRANQUELA E O MULATO - A branquela ajeitou o cabelo cortado modernamente, antes de entrar no elevador que a levaria para a entrevista de emprego. Já dentro do elevador retocou o batom suave sobre os lábios generosos, sob os olhos atentos do cabineiro, com idade para ser seu pai. Ela havia solicitado o andar da loja de produtos eróticos, o que levou o ascensorista a pensamentos libidinosos com a branquela. Ao chegar ao andar e notar que havia errado, a mocinha branquela disse para o ascensorista mulato que seria no andar de baixo, onde ficava o laboratório de análises clínicas e anatomia patológica. O cabineiro deu um sorriso amarelo e comandou a descida do elevador até o andar solicitado. E, lá no fundo, deve ter-se arrependido de ter pensado besteira.
6. O CADEIRANTE - O cadeirante, alguns pensaram, iria fazer discurso na calçada, ao lado do acesso para portadores de necessidades especiais. Cinco transeuntes pararam para ouvi-lo, na certeza de que ele iria perorar contra o descaso dos governos municipal, estadual e federal com a causa de seus semelhantes. No entanto, sem que nenhum deles intuísse, o cadeirante abriu a mochila que trazia e começou a distribuir panfletos sobre a inauguração de mais um restaurante a quilo na próxima esquina. O que fazia, aliás, com um alarde impensável para um mero restaurante a quilo. Com isto, o cadeirante garantia almoço grátis durante o período da propaganda. Os transeuntes politicamente corretos pensaram em reclamar com o cadeirante, porém julgaram isto politicamente incorreto. E ficou tudo por isso mesmo!
Olhar pungente, Saint-Clair. As minorias são apenas isto: minorias e nem por isto deixam de ter humanidade.
ResponderExcluirvaleu
ResponderExcluirdenada
Excluirfrmz parça
ResponderExcluirisso não é narrativa!!!
ResponderExcluirCara Bruna, você pode até não ter gostado, que é um direito seu, mas que são narrativas, ah!, isto são.Pode ter certeza. Não são romances, novelas ou contos, mas são narrativas.
ExcluirPois é! São narrativas , e me ajudaram muito , obrigado - colocarei o nome da página no meu caderno , como créditos , obrigada mais uma vez :)
ExcluirObrigado, Bruna! Fui ver seu perfil e notei que você é uma garota ainda. Deve estar interessada em algo assim. Só quis ajudar. Se precisar, disponha.
Excluiré sim Bruna Cazuza se você não sabe volta para o jardim I Não vai ser o jardim II vai ser o jardim I
ExcluirObg me ajudou no trabalho de português
Excluireste é que tipo de narrativa? alguem por favor me responda..
ResponderExcluirvlw me ajudo no trabalho da escola e a bruna cazuza ta no mundo da lua por falar q nao é narrativa e eu so tenho 11 anos mas vlw
ResponderExcluirVocê, jovem anônima, pode ter certeza de que são narrativas. São curtas, pequenas, mas são narrativas. Narrativas contam histórias, contam um fato ocorrido ou inventado. Uma piada, por exemplo, é uma narrativa, mesmo sendo pequena. O tamanho não importa, mas o conteúdo. Abraços, anônima de onze anos! Ou seria anônimo?
ExcluirValeu, precisa de ideas para fazer uma pequena narrativa mas sem copiar, e esse site me ajudou bastante. Obrigado ! :))))
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ResponderExcluirRelison, excluí seus comentários porque um era um palavrão gratuito e o outro não dizia absolutamente nada. Passar bem!
ExcluirNossa eu gosei muito dese site pq me ajudou basante para procurar algumas narrativaa. Portanto eu recomendaria esse site sim gostei das narraivas são muito boa
ResponderExcluirótimos textos!!!
ResponderExcluiressa e a narrativa em 1ª pessoa certo ?
ResponderExcluirNão, anônimo! Todas essas narrativas são em 3a. pessoa, o chamado narrador onisciente.
Excluirme ajudou muito, gostei muito do texto dos gordos e dos negros, pois sou negro e gordo
ResponderExcluirObrigado pela leitura e pelas palavras, anônimo. Volte sempre.
Excluirobrigada me ajudou muito para minha prova :*
ResponderExcluirQue bom, Patrícia! Obrigado pela leitura.
ExcluirQue máximo! Sempre tive vários sonhos, um deles é escrever. Parabéns ao autor que narrou belas narrativas rsrs
ResponderExcluirObrigado, Anônimo! rsrs
ExcluirMuito obrigado Saint-Clair Mello , me ajudou na lição de casa ,
ResponderExcluirmas algumas são engraçadas e outras não , mas são ótimas
É por aí mesmo, Anônimo! Obrigado pela leitura!
ExcluirMUITO OBRIGADO , Saint-Clair -Mello , você é muito bom parabéns , eu sempre entro aqui pra ficar lendo PARABÉNS , OBG
ResponderExcluirObrigado a você, Anônimo, pela leitura.
ExcluirMuito interessante!
ResponderExcluirLeciono Português para o 7º ano na escola pública e gostei muito de seus textos. São crônicas narrativas curtas, o que possibilita trabalhar o gênero literário crônica, o tipo textual narrativo e, ainda, temas transversais.
Obrigada!
Bibiane, agradeço o interesse por meus textos, despretensiosos, aliás, porém com muito cuidado com nossa bela língua portuguesa.
ExcluirSinta-se à vontade no meu blog. Abraços.
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ExcluirPodem me informar os autores do texto preciso de suas biografias
ResponderExcluirPreciso muito de sua ajuda Sr. Saint,
ResponderExcluirTenho um trabalho pra entregar amanha onde e preciso de uma narrativa curta mais tambem da biografia do autor mas infelizmente nao achei a sua o sr. poderia me ajudar ainda hoje..
Olinda, não sei se dará tempo. Só vi hoje. Mande seu e-mail para eu repassar alguns dados.
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ResponderExcluirmuito bons os textos, maravilhosos
ResponderExcluirAgradeço por me auxiliar no meu trabalho de Língua Portuguesa! São ótimas narrativas!
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ResponderExcluirEduardo, removi seu comentário aqui por ser ofensivo, cheio de palavrões e erros de expressão. Não gostar é um direito seu. Ofender não. Passe muito bem!
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ResponderExcluirA narrativa o gago e o surdo, quais são os elementos
ResponderExcluirA narrativa o gago e surdo ,quais são os elementos
ResponderExcluirA narrativa o gago e surdo ,quais são os elementos
ResponderExcluirA que elementos você se refere, Nina?
ExcluirComo mudar o foco narrativo do gago e o surdo????????
ResponderExcluirVocê está fazendo uma tarefa escolar? Então reconte a história a partir do surdo.
ExcluirPosso usar isso como Crônica no trabalho de português??
ResponderExcluirInfelizmente não, Lucas. Esses textos são contos, minicontos, e não, crônicas. Neste link está uma crônica: http://asfaltoemato.blogspot.com.br/2016/03/os-gemeos.html
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ResponderExcluirComentário excluído por ser ofensivo.
ExcluirObrigado, eu tava meio que com preguiça de escrever uma narrativa, pois eu estou no 9° ano, ai eu fui procurar uma curta achei esta. :)
ResponderExcluirDesconhecido, o fato de você se apropriar da narrativa de outra pessoa não é saudável. É preciso que você desenvolva sua capacidade de expressão. Só assim será capaz de, no futuro, encontrar o melhor caminho para sua vida profissional.
ExcluirE, depois, seu professor descobriará que você não é o autor. Eu fui professor durante muitos anos e sabia perfeitamente do que meus alunos eram capazes de produzir.
Muito obrigada pelas narrativas, são curtas e ótimas...me ajudaram muito.
ResponderExcluirEu que agradeço seu interesse. Um abraço!
Excluirparabéns pelo trabalho, me ajudou muito em um trabalho para a faculdade, as referencias serão devidamente feitas. Obrigada!
ResponderExcluirEsteja à vontade, Larissa! Foi um prazer saber que meus textos serviram ao seu trabalho.
ResponderExcluirQue lindo trabalho Saint .. adorei!! Parabens!!
ResponderExcluirObrigado! Esteja à vontade no blog, Rochester!
ExcluirEm 2021 ainda ajudando, Obrigado!!!
ResponderExcluir2023
ResponderExcluirPra século XXI não recomendo NENHUM
ResponderExcluirLeitor, acho que você não entendeu o sentido dos textos.
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