apenas faço versos
às vezes com certo ritmo improvável e sonoridade estranha
todos porém despretensiosos
no varejo e no atacado
por isso mesmo eles não validam meu ser que diz
nem verbalizam meu ser que é
por diversas suas naturezas
eles também apenas são
e não ultrapassam os limites minguados
a que se confinaram nesses tempos hodiernos
em vício e em virtude de não comunicarem
(apenas tentam)
Henri Matisse, Natureza morta, 1913. |
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