14 de agosto de 2011

POEMA EM -ÃO, COM FECHO PREVISÍVEL


ela estoca os meus tormentos todos
na caixa preta do seu coração
revira os sonhos postos na sarjeta
com os dedos ágeis de sua fria mão
e espalha aos quatro cantos da cidade
minhas mazelas e os meus senões
e escarafuncha meus miolos moles
tal qual faria neurocirurgião
e põe reparos em tudo o que faço
retificando minhas decisões
martela sempre em meus ouvidos moucos
Monica Belluci, em cinemaemcena.com.br.
minhas perfídias suas privações
pedindo a quem passar pela calçada
seu julgamento sua opinião
como seu eu fosse o único bandido 
que assaltou seu rico coração.
essa mulher, percebam, meus senhores,
está por cima da situação
e ainda almeja se houver divórcio
mais da metade como seu quinhão
de tudo aquilo que eu não fiz na vida
e do que eu fiz ela não abre mão.
estou perdido não tenho saída
bem feito, besta, todos me dirão
foi-se meter sem ter a competência
pra governar aquele mulherão!

Um comentário:

  1. Por isso que cheguei a conclusão que, ao contrário do Vinicius, feiura é fundamental.

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