14 de maio de 2011

ESTUDOS SÉRIOS DE TOPONÍMIA ESQUISITA

No interesse de contribuir para a cultura de meus poucos mas fiéis leitores, andei queimando a mufa para encontrar explicações para alguns nomes de lugares que podem oferecer dificuldades, sobretudo pelo seu caráter estranho.
Assim, estou trazendo a público estes primeiros estudos, que exponho agora para sua apreciação. Espero que tirem proveito deles.
1.      Se não me falham as pesquisas empreendidas, Calcutá, na Índia, deve seu topônimo à atividade que, em tempos remotos, ali exercia curandeiro afamado, de nome muito simples e pronunciado com alguns soluços e engasgos, Prahvangrandah Dahgravamush Kuhsara, que tratava dos doentes exclusivamente com supositórios. Por essa época, os indianos já se multiplicavam como tiririca no pasto. E eram tantos os enfermos que, quase sempre, ele se esquecia em qual, numa fila de vários deitados em decúbito ventral, já havia introduzido o milagroso sanativo. Então perguntava para a sua ajudante: “Em qual cu tá?”. O sucesso dele foi tão grande, que se fez uma cidade ao seu redor: Calcutá.

Dia normal em Calcutá (noticias.bol.uol.com.br).


2.      A história de Bangladesh é outra. Em tempos primevos, a tribo de pigmeus Bandar que ajudava o Fantasma, O Espírito-que-Anda, tinha por hábito educar os filhos na base da porrada. Diz a CIA, segundo documentos vazados no Wikileaks, que foi o dito Fantasma – Mr. Walker, para os íntimos – que os demoveu desta prática reprochável e politicamente incorreta (Sempre os seus agentes ensinando aos terceiro-mundistas como se comportarem!). Os mais velhos desciam a bengala no lombo dos mais novos. Aí a região banhada pelo Golfo de Bengala (estão vendo a relação?) ficou conhecida como a Terra-em-que-a-Bengala-Desce. Por corruptela, passou a Bangladesh, porque gente inculta não pronuncia as palavras adequadamente, nem na base da bengala!

Curralinho/PA (ferias.tur.br)
3.      Já para o topônimo Curralinho, no Pará, vou-me eximir de dar detalhes da origem do nome. Acho a coisa meio escatológica. Basta dizer que a cidade fica em plena selva amazônica, lugar onde nem boi havia, quanto mais curral, donde o diminutivo pretensamente teria saído. Ao contrário, era cheio de índios que viviam nus e que, ao se sentarem na fina areia das praias do rio Pará, deixavam uma pegada – ou será cugada – muito rasinha, muito rala.  Dizem que, agora, as autoridades municipais levaram uma boiada para lá, a fim de tentar distorcer a história da origem do nome. Mas não vão conseguir. Tirem aí suas conclusões.

4.      A origem do nome Cazaquistão é um tanto controversa. Marco Polo referia-se ao país, à época um simples pouso de caravanas que se dirigiam à China, a Miami de então, como “lugar onde paro sempre para comer pasta”, já que estava a meio caminho de casa, via Rota da Seda. Kublai Khan, Chu En-lai, Chiang Kai-shek e Pro She-neta referem o lugar como “terra em que estão os outros”. Os próprios habitantes locais, no entanto, sem saber como chamar aqueles páramos desolados, habitados muito mais por iaques do que por gente humana e desumana, que era como se portavam os guerreiros autóctones, diziam lá na língua enrolada deles algo que os outros entendiam como “a casa em que estão se metendo”. Como todos queriam tirar o corpo fora e não parecer invasores, passaram a falar apenas “a casa em questão”, já que também não entendiam bulhufas do idioma ali falado. Daí a forma atual: Cazaquistão.

5.      Já o nome Uzbesquitão tem origem no famoso esporte bretão, o futebol. A terra era pródiga em fornecer beques para os diversos times desde a Idade Média, com a média de idade um pouco alterada, conforme até hoje é comum (os chamados gatos). Aí, quando algum treinador pedia ao presidente do clube reforços para sua zaga, o dito presidente dizia que ia a esse tal lugar, que não tinha ainda um nome definido. Por isso ele era conhecido como o país onde os beques estão. Daí para Uzbequistão foi um pulo. Hoje o Uzbequistão não fornece mais esse tipo de jogador caneleiro e violento, porque se tornou um país muito desenvolvido culturalmente, sem, no entanto, conseguir trocar este nome esquisito de sua pátria amada, idolatrada, salve-salve.

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