8 de maio de 2011

MÃES

Há as cachorras, há as preparadas,
Mães de todos os jeitos.
Há santas, há estoicas,
Gatinhas, coroas, idosas,
Mães meninas, mães avós.
Há as que não se conformam
Com o fato de ser mãe.
Há as que abandonam os filhos em lixeiras,
As que os maltratam e os matam.
Há mães sensíveis, extremadas,
Olhos fechados a tudo o que os filhos fazem.
Há as que lutam, as que oram, as que não creem,
As que se entregam pelos filhos
E que os entregam,
As que os encaminham e que os desviam,
As que se privam e as que os privam,
As que são escuridão e que são luz,
As que os elevam e que os perdem,
As que os nutrem e as que secam o leite.
O mundo está pleno delas
E se não fosse por elas
Não seríamos todos esses filhos
Ingratos, neuróticos, celerados,
Hipócritas, descuidados, zelosos,
Reconhecidos, amorosos,
Devotados,
Filhos imperfeitamente humanos
Destas simplíssimas mães humanas.

2 comentários:

  1. Mãe Marli Pentagna14 de maio de 2011 às 12:16

    Oi Querido "Pãe" Poeta Saint-Clair,
    que lindo... estamos todas homenagiadas por esse poema dedicado às Mães...
    Obrigadinha,
    com carinho,
    Marli.

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  2. Obrigado, Marli. Seja bem-vinda e espero que goste de outros textos também.

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