Vamos construir sobre o desespero cotidiano
Uma ponte de metal e sonho que vá dar no nada
Ou no nirvana mundano que esperamos encontrar
Na próxima esquina no próximo ano
E deixar o atoleiro fétido em que mergulhamos
Entre emanações de gases tóxicos e iguanas
E assumir a praça com a claridade da alegria.
Vamos destruir até transformar em escombros
Esse arremedo de projetos e de planos
E levar no roldão dos nossos tombos
O medo a incerteza e a insegurança
E preencher o espaço da baía
Com o suor dos nossos corpos exuberantes.
Vamos cantar dançar alucinar como nunca dantes
E conseguir que nossos filhos nossos netos
Vivam num país um pouco mais decente.
Imagem em moodle.ag-sg.net. |
É, Saint-Clair, é preciso destruir um monte de coisas, abrir mão de outras tantas, pensar direito sobre a noção de progresso que assimilamos e, principalmente, saber que a sua colhezinha de água pode sim apagar qualquer incêndio.
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