10 de janeiro de 2011

ESSA MULATA GORDOTA

                                         
Essa mulata gordota
Fornida de carnes
De perna bem grossa
De fogo na grota
Caminha sestrosa
Entope a aorta
Consegue o milagre
Em sendo inibida
Roer qualquer vida
Fazer que esse dia
Virado paulista
Talvez possa ser
Um prato mais fino
Por certo escalope.

Colhida em elo7.com.br.
Essa mulata gordota
Caminha na rua
Levando o olhar
De tantos que passam
Uns tantos que viram
Torcendo o pescoço
E olham seu torso
E sem ter remorso
Abaixam seus olhos
Mirando nas ancas
Os olhos de fome
Ressecadas línguas
Caninos que babam
Narizes que pingam.

Essa mulata gordota
Segue seus passos
Sem dar-se por si
E o estrago que causa
Na tarde vadia
Da rua lotada
De homens nervosos
Atrás do sustento
Do clã numeroso
E veem naquela
Mulata gostosa
Promessas perdidas
De dias infindos
Por toda uma vida.

Essa mulata gordota
Não está nem aí!

3 comentários:

  1. Meu pai na av Amaral Peixoto, umas e outras nas ideias, sinal fechado, vem rebolando uma gordota dessas aí, ele desce do carro e grita para ela: " Minha filha vem comigo que vai ser prefeita de São José do Calçado." Gargalhada geral...Bom lembrar.

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  2. Eita Nêga Fulô (Sem medo de ferir o politicamente correto)!

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