debaixo das pontes
vivem serzedelos
correm veias de mangue
obscuros esgotos
ratazanas humanas
paquidermes de cana.
debaixo dos viadutos
vivem os putos e
deserdados da vida
zés manés marias
raimundas imundas
infestando a avenida.
ao lado do mam
há corpos deitados
compondo um quadro
além portinari
ou mesmo dali.
em cada esquina
a paisagem repete
um velho refrão
que nos dá desespero:
“criança, não verás
nenhum país como este”.
Essa vou recomendar, simplesmente: genial!
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