Essa mulata gordota
Fornida de carnes
De perna bem grossa
De fogo na grota
Caminha sestrosa
Entope a aorta
Consegue o milagre
Em sendo inibida
Roer qualquer vida
Fazer que esse dia
Virado paulista
Talvez possa ser
Um prato mais fino
Por certo escalope.
Essa mulata gordota
Caminha na rua
Levando o olhar
De tantos que passam
Uns tantos que viram
Torcendo o pescoço
E olham seu torso
E sem ter remorso
Abaixam seus olhos
Mirando nas ancas
Os olhos de fome
Ressecadas línguas
Caninos que babam
Narizes que pingam.
Essa mulata gordota
Segue seus passos
Sem dar-se por si
E o estrago que causa
Na tarde vadia
Da rua lotada
De homens nervosos
Atrás do sustento
Do clã numeroso
E veem naquela
Mulata gostosa
Promessas perdidas
De dias infindos
Por toda uma vida.
Essa mulata gordota
Não está nem aí!
Meu pai na av Amaral Peixoto, umas e outras nas ideias, sinal fechado, vem rebolando uma gordota dessas aí, ele desce do carro e grita para ela: " Minha filha vem comigo que vai ser prefeita de São José do Calçado." Gargalhada geral...Bom lembrar.
ResponderExcluirNão fosse ele quem foi. Eh, Tonicão!
ResponderExcluirEita Nêga Fulô (Sem medo de ferir o politicamente correto)!
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