15 de março de 2012

Ó, MINHA AMIGA!

ó minha amiga
escuta esse relincho nervoso do meu corpo
ao entender os sons que vêm de ti
e disfarça com teu riso frouxo e sem neblinas
a desfaçatez do meu olhar de hiena
vê que a noite nem é negra ainda
e já uivo solitário ao teu lado
reclamando o conforto do teu corpo
mais uma vez disfarça porém entrega-me teus sonhos
que guardas entre prendas e cuidados
eu saberei usá-los como um sábio

Orlando Teruz, Nu, 1964 (bolsadearte.com).

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