10 de julho de 2011

SEXO É BOM

Desde novinha, já precoce. Só gostava de fazer saliências com os meninos. Enquanto as coleguinhas brincavam de cozinhado, ela brincava de marido e mulher, médico e enfermeira. Nada de chicotinho-queimado, apareceu a margarida, pobre de marré de si. Queria é ficar esfregando-se nas coisas dos moleques, verificando as diferenças.
Mocinha, deu de namorar um desquitado que morava no mesmo andar. Nem a perseguição implacável da mãe a desviava do apartamento do homem.
Um dia, a mãe resolveu dar-lhe um flagrante que a deixasse por baixo da situação. E tocou a campainha do vizinho. Quando viu pelo olho-mágico que era a mãe, escondeu-se debaixo da cama.
Onde está ela? Dona fulana ela não está aqui, e a senhora não pode invadir minha casa desse jeito. Posso porque sou mãe dela, e ela é menor de idade. O senhor me dá licença que vou procurar por ela em todos os lugares.
E procurou no banheiro, na cozinha, na área de serviço, no quarto de empregada, nos armários, atrás de portas e cortinas. Não encontrou.
Agora que a senhora viu que ela não está aqui, se conformou? Eu sei que ela está aqui! Só não sei onde ela se meteu. Ora, a senhora é muito teimosa. Se a senhora não está acreditando, por que então não olha embaixo da cama, atrás do penico? Só falta isso!
Ironia que não funcionou.
a mãe olhou e viu a filha lá embaixo. Oi, mãe! E fez um sinal com os dedos da mão aberta, a cara de menina sapeca.
Saiu dali na base da porrada, ficou de castigo durante meses, levou lavagem cerebral, ameaças de todos os tipos. Pensam que se endireitou? Nada! Continua a mesma. Também com o fogo que tem entre as pernas, nem uma guarnição do Corpo de Bombeiros!

(Imagem colhida em diaadia.pr.gov.br.)

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