8 de julho de 2011

SOLIDÃO II

A solidão macera grãos de tédio na mó do não importa
Do pó fará farinha com que produza bolos
Que enfeitará com fitas de diversas cores
Para comer sozinha no dia do não sei quando
Às tantas horas mortas de um fastio insone
Ao se abrirem as portas
Do caos do não sei onde

G. di Chirico, A solidão, 1965.

2 comentários: