18 de julho de 2011

SOLIDÃO IV

A solidão qual minucioso ourives
Engasta gemas desgostosas
De cor amarga
Em peças de ouro desgastadas
Que sofrem no mercado das promessas
Das ilusões de dias prazerosos
O valor de resolução incalculável.
E então abandonada a um canto
Vai parar onde a ninguém importa
Num penhor poeirento de um reles agiota.

Marc Chagall, Solidão (1933), imagem em
www.marcchagall.narod.ru.

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