que vida é essa que te damos pequenino
num mundo pleno de ambições e desenganos
senão a vida que sonhamos
senão o amor que reinventamos
para esses tempos de tristeza e solidão?
que casa é essa que te armamos meu menino
no exíguo espaço de lares mal arrumados
senão a casa que habitamos
senão o vão que ocupamos
nesta cidade espremida por concreto e aço?
que nome é esse que te damos filho infante
desse rol de nomes tantos – nomes falsos –
senão o nome que chamamos
senão o símbolo que achamos
para nomear-te amor poesia e canto?
que roupa é essa que cosemos neste instante
com os panos com as linhas de hoje e sempre
senão a roupa que compramos
senão o hábito que criamos
para adorar-te como um pequeno deus humano?
Imagem em substantivoplural.com.br. |
Sem palavras!
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