25 de fevereiro de 2011

SONETO ININTERRUPTO (Ó, LIBERDADE!)


(Dedicado a todos os que vivem sob qualquer tipo de opressão.)


C. Portinari, Dom Quixote, 1956,
Museu Castro Maya, RJ.

o tempo todo estou no teu encalço
não meço esforço se é para alcançar-te
desfaço em arte o que vier de sorte
como se fosse tão somente esporte
se o dia passa num segundo um corte
uma visão um vulto a inebriar-me
possa que seja o sol que me conforta
ou qualquer coisa que me indica o norte
mas seja então esta incessante lida
com a paixão que me amarra forte
aos teus impulsos a teu contraforte
desejo insano e porte inaudito
ó liberdade deusa dos aflitos
que suga o sangue o sonho a seiva a vida




2 comentários:

  1. A liberdade é aquela teúda e mateúda que me permite fazer tudo que eu queira desde que sempre lhe atenda os caprichos.

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