19 de outubro de 2010

TÉDIO

bocejo
olhos em nada
horizonte nulo
paisagem interior zerada
percepções externas adormecidas
o amanhã escrito na areia da praia
todas as convulsões sociais num copo d’água
no quarto em desalinho um cheiro nauseante de dormido
nos tímpanos cansados o som é só um vácuo
e na boca amarga sabor de trapos
nuvens espessas pela sala
desilusões sem rumo
vida sem remédio
tudo inútil
tédio

3 comentários:

  1. Oi li seu comentário no blog do Zatonio e fiquei, nossa, muito feliz mesmo, resolvi entrar aqui para agradecer de ♥.

    Boa noite. Amei seus poemas =)

    Beijos!!!

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  2. Mestre, você captou com maestria aquele sentimento vago, de vazio, desalento, que de quando em vez me assalta. Abraço!

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  3. Hora de abrir uma bem geladinha e sentir o espírito da coisa remexer as coisas lá por dentro. Normalmente saem dois ou três poemas "gauches".

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