24 de maio de 2012

SOBRE A TORRENTE DO RIO

Quando se criou o mundo
Não foi para ser quadrado
Parado em qualquer canto
Mas no formato redondo
Para que fosse inquieto
Mexer-se pelo infinito
Qual bola chutada a esmo
Seguindo com seu traçado
E mexendo-se desse jeito
Mexe com quem está dentro
Ou antes em cima dele
Por isso é que o ser humano
Não sossega o coração
Mistura as estações
Se modifica na vida
Ontem assim hoje assado
E amanhã ninguém sabe
Como laranja caída
Do galho pendido torto
Num amplo espaço vazio
Sobre a torrente do rio


Imagem em pulsmail.com.



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