Sou profundamente superficial
Intrinsecamente extrínseco
Momentaneamente eterno
Eternamente instante
E o que mais desejo não quero
Assim como o que tenho me falta
E o que me falta é sobejo
Se muito sonho desperto
E a realidade é o meu pesadelo
Chorando estou feliz
Quando rio sou só tormento
Sempre estou só na multidão
Só sei o que não conheço
Mas desconheço o que sei
Progrido em meus regressos
Regrido em meus progressos
E se o que peço não ganho
Ganho sempre o que não peço
E minto com tantas verdades
Em prosa canto rima e verso.
George Mathieu, Alkaest, 1967 (em eurocles.com). |
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