1 de abril de 2011

NA PRIMEIRA MANHÃ

Ontem, como sempre, vi teu vulto entre sonhos.

Na primeira manhã de outono,
O dia branco nasceu sem sono
E pude ver pela janela aberta sobre o campo
De edifícios e praias da cidade grande,
Com cachorros circulando com seus donos,
Os enganos, os quebrantos,
De que não pude fugir durante anos
Em que tentei ser independente.
Hoje vivo somente
Num aparente plano de contingências
Entre trapos de lembranças e insolvências,
Como se fosse a vida impermanência
Ou esta coisa comezinha só existência.


Imagem em artransta.ca.


Um comentário:

  1. O que às vezes lamentamos é de não nos termos dado chance de nos perdermos, tão certos que fomos.

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