(Para Délbio, Zé Fábio e Zé Biquinho, primos e colegas de turma do curso primário.)
“Avante, camaradas!
Ao tremular do nosso pendão...”
Cantamos o hino antes da aula
Sobre o morro entre extintas árvores
- hoje descampado –
Ergue-se a escola
No sol a pino do meio-dia
O troca-troca de alunos
No azul e branco do uniforme
Nada passa sem ser notado
Nada é mais importante
Nunca compreendi bem por que estudava pela manhã
Assim como não me lembro das manhãs de frio
Ou de chuva
- que as houve nos seis anos do primário –
Lembro-me até das dificuldades por que passei
Como aluno
Como colega
Como pessoa
Lembro-me também dos dias ensolarados
Das brincadeiras de bandeirinha
De bola botão pião
Da fila para ganhar laranja pelo aniversário do Carleitor
Da peteca jogada com mestria por nós moleques
Dos pitos da professora
Dos castigos coletivos
Do auxílio do Zito para a confecção do trabalho manual
Mas não me lembro de um único dia frio
De um único dia de chuva
Na minha memória
Só havia sol e festa na minha escola primária
Imagem em eb1-figueiredo-alva.rcts.pt. |
E completaria, mestre, não sei de melhores tempos senão os dias de escola.
ResponderExcluirUma lindeza!
ResponderExcluirLembrar é preciso! Infancia nós tivemos! Dificuldades todos passamos. Mas uma coisa digo: Vencemos barreiras, ultrapassamos as carências e até aqui chegamos com a graça de Deus. Lindo poema!
ResponderExcluirÉ isso mesmo, amigo! Obrigado pela leitura e as palavras.
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