27 de abril de 2012

LADAINHA PROFANA

Queria balangar beiço,
Antes que seja tarde,
Com a Isabel Filardis.
E ter dois dedos de prosa
Com a Tahis Fersoza.
E, antes que o mundo caia,
Levar um papo bem sério
Com tudo que é Cláudia Raia.
Se não for pedir demais,
Estabelecer entrevero
Com a Carolina Ferraz.
Ou com a Aline Morais
(aí tanto faz).
Partir direto pro ataque
Com a Lavínia Vlasak.
E trabalhar, sem ter sócio,
Com a Ana Paula Arósio
Ou a Paola Oliveira.
Mas viro o cão chupando manga,
Se devorar a Pitanga,
Que tem por nome Camila.
E ser o primeiro da fila
Com meu coração insieme
Da Fernanda Paes Leme.
E, sem jogar feio ou sujo,
Triscar Taís Araújo,
Molhar a Deborah Secco,
E converter-me em pateta
Se acaso Patrícia Poeta
Olhar-me pedindo bis.
E grudar-me como carrapato
Na japa Sabrina Sato,
Pilotar avião que não voa
Que é Ticiana Villas-Boas
Ou até que voa demais
Sobre torres e menires
Tal qual Juliana Paes
Assim como Cléo Pires.
Ou maduras bem bacanas
Com a bela Cláudia Ohana,
De floresta memorável,
E Ana Paula Padrão,
Sempre em primeira mão,
E a linda Luiza Brunet,
Para fazer um fuzuê.
Ou a Luma de Oliveira
Só pra fazer besteira.
E se houver bota e tira
Agarrar-me com Shakira
Com Beyoncé, com Rihanna,
E com a loura comprida
De sobrenome Hickmann,
E nome singelo de Ana,
Talvez mesmo com Luana,
A maravilhosa Piovani,
Ou com a linda caipira
Deste outro lado dos Andes
Chamada Paula Fernandes.
E, como cão, seguir o rastro
De duas morenas Castro:
Ana Luiza e Carol
Ou da Giselle Itiê.
E ficar de trelelê
Mandar um som bem maneiro
Com a bela Dora Vergueiro
E com a Ivete Sangalo.
Aí então cantar de galo,
Cumprindo com meu deleite
Na rede com Cláudia Leite,
Que não vai cantar axé,
Porque senão não dá pé.
Ou emaranhar-me às avessas
Nos cabelos de Vanessa
Que, da mata, cantará pra mim.
E, pra que o papo não espiche,
Vou dizer pra Vera Fischer
Que meu amor não se apaga
Por ela e por Sônia Braga,
Musas do meu passado.
Bem antes, porém, que uma pane
Me dominasse a cuca
Vali-me do amor de Jane.
Mas dada a relevância do assunto
E o aperreio da hora
Peço perdão a outras belas
Que ficaram de fora
Desta minha ladainha.
Mas é que não é culpa minha.
Parodiando Camões:
São muitos os aviões
É muita mulher bonita
Para esta tão curta vida!

(Explicação necessária: Relutei em publicar este poema, escrito há algum tempo, porque não passou pela censura prévia da minha mulher. Ela disse que os outros iriam achar que eu já estou um velho meio bobo. E que, também, só a inclui no poema, para aliviar minha barra. Acho que ela tem razão nas duas opiniões. Aliás, ela sempre tem razão - não sou besta de dizer o contrário -, mas, às vezes, também sou um pouco desobediente. Por isso, resolvi postá-lo, na esperança de que ela não veja isto.)

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