20 de dezembro de 2011

ÀS VÉSPERAS DE TEU CORPO

às véspera de teu corpo
brinco com meus antigos mitos
e minhas incompetências
e me vejo imóvel
incapaz
pequeno
talvez a única satisfação
com que te envolva
seja este me mutismo tolo
nos dias conturbados de hoje

às vésperas de teu corpo
luto contra a derradeira impossibilidade
que me apeia do sonho de ti
e vadio
– cachorro doido a revirar vazios –
as incertezas que me assaltam

às véspera de teu corpo
o sono invade a noite
e o dia seguinte me revela
todos os sóis do teu amanhecer

Imagem em opernalta.wordpress.com.

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