A morte nos espreita a cada esquina
E um dia de surpresa
Saltará sobre nossos ombros cansados
E oh!...
Por isso é preciso viver
Como seres eternos naturais
Sem nos importar com o tique-taque enfadonho
Do carrilhão que carregamos no peito
Nem com esse intermitente piscar numérico
Dos relógios digitais
A assombrarem os transeuntes
Com o anúncio fatídico da hora final
É mesmo bom que ela nos espere
Pois a pressa – essa humana urgência –
Nos empurra muito mais para a vida
Que se esborracha pelas ruas pelas casas pelos quartos
Do que para o café requentado
Que provaremos
Depois do último suspiro das horas
Eu não quero nem saber
Apenas aguardo disfarçadamente
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