Justo reclamou justamente à diretora aquele abuso de autoridade da professora. A diretora, nem te ligo e o castigo valeu.
(Imagem de chitchatbabel.wordpress.com.) |
Leu, decorou, cantou, descantou e cantou e decorou e leu e foi ao dicionário tantas vezes quantas foram necessárias, para entender tim-tim por tim-tim tudo por que raios Osório Duque Estrada se enveredara por vias tão estranhas.
Cheio de si, lá um dia, desafiou a professora e mostrou que sabia todo o Hino de cor e salteado, com as significações e tudo que até mesmo a senhora não sabe porque só decorou mas eu não eu procurei todas as palavras esquisitas no dicionário e sei todas elas e a senhora não sabe que eu sei que a senhora não sabe. Debulhou ele, assim, a mágoa pelo castigo.
E acabou ficando mais meia hora depois da aula por desacato à autoridade e abuso de conhecimento vocabular, o que Justo achou extremamente injusto com Justinho. Mas ficou muito orgulhoso de toda aquela sabedoria do filho.
E deu a história por encerrada e a vingança por completa. E pensou como arremate: Tal pai, tal filho; não deixa dinheiro sem troco, não deixa ponto sem nó! Esse é o meu menino!
Eis aí um exemplo dado, acabado e muito bem escrito de nosso secular autoritarismo. Já estou como Cabral, navegando novamente.
ResponderExcluirAprender por imposição, saber por vingança, arrogância de cabo a rabo, resume uma luta constante do poder pelo poder... estamos bem servidos!
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