(Di Cavalcanti, Abigail, 1947.) |
a mulher que se ama
não pode ter a pele de palha áspera
nem lixa nas mãos que se afagam
nem baba na boca que se beija
nem martírio no prazer a que se entrega
a mulher que se ama
precisa estar presente o dia inteiro
mesmo longe o corpo que inflama
e carregar nos passos pelo chão
o beijo que se deposita em seus pés
a mulher que se ama
pode tudo mas finge que é frágil
só para desfrutar bem mais desse poder
O poema é lindo, o último verso, perfeito!
ResponderExcluirPermita-me, mas já já vou recitar no ouvido dela.
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