O meu delírio já se fez tormento.
A minha dor caminha para o medo.
Todo o meu choro é teu contentamento.
O meu lamento é frágua, sombra e vento,
Enquanto brincas com tudo o que sinto,
Como quem brinca com os seus bonecos,
Desconhecendo o mal que já pressinto.
E, quando vejo, estás tão distraída,
Sem te importares com esta vaga vida,
Em que levamos nosso amor de estio.
Não ligas nada, enquanto passa o tempo.
Inconformado, entretanto, tento
Ficar no cais sozinho a ver navio.
Tomasini, Barcos no Tejo perto da Torre de São Julião da Barra, 1855, em museu.marinha.pt |
Belíssimo! Parabéns! Gostei muito dos seus "escrevinhados".
ResponderExcluirEsta Capitu! Continua fazendo das suas.
ResponderExcluirBem-vinda, Danielle. Acho que você foi na dica do Zatonio e chegou até aqui. Hehehe!
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