3 de novembro de 2011

O MAIS (Poema caudaloso)

O mais que eu possa querer do nosso viver vagabundo
Não fosse este velho mundo um lugar de desenganos
Fossem talvez outros planos que se perderam na vida
Que com todas as certezas não eram o que se mostravam
E por acaso passavam por vias da natureza
Do mais profundo desprezo ao amor mais efusivo
Um tanto ou quanto lascivo um tanto ou quanto infantil
Que me deixava abismado com essas mudanças bobas
E agora que as coisas boas ficaram num tempo antigo
O que se passou conosco das coisas que nos restaram
Ficaram lembranças tolas ou se perderam no olvido.

Escher, Waterfall, 1961, em pt.wikipedia.org.

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