(Para os amigos Laura Dutra e Rogério Fernandes.)
A videira traça na terra
O trajeto das suas várias raízes tortas
E penetra fundos cascalhos
Fendas grotas
Para tirar do terroir de onde brota
A explosão do sabor colorido
- Em nossas bocas -
Do fruto maduro
Que mais importa ao nosso gosto:
O paladar das coisas vivas.
Porque das coisas mortas
Estamos todos imbuídos.
E o vinho tinto que aflora
Do gargalo da garrafa
- Tristeza posta fora -
Para dentro de nossas taças claras
É o sangue jovem que nos revigora.
Vinhedo da Casa Valduga, em Bento Gonçalves (nov/2010). |
Nenhum comentário:
Postar um comentário