É uma ilha de palavras
Ou quase nada que se diz?
É um dilema de palavras
Ou uma tentativa infeliz
De querer fazer arte
Em qualquer sentido?
Um poema é um poema
E quando muito um poema
Mais ou menos assim
Como um pastel de carne
É um pastel de carne
De um botequim qualquer.
Ou é comível ou não
E nada mais importa.
Nem quem o fez
Nem de que se constitui.
Se o continente e o conteúdo
Se amoldam se adéquam se completam
É comê-lo sem culpa.
Mas há os pastéis de vento
Como este
Que com as mãos sujas
Tento fazer sem a mínima compostura.
G. Braque, Violino e flauta, 1913, em artchive.com. |
Ironia é tudo quando bem posta.
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