será por mim amado
quem detestar os meus poemas
será por mim amado
quem se mostrar indiferente aos meus poemas
será por mim amado
entretanto quem gostar dos meus poemas
sem sofreguidão
sem dilaceramentos
sem convulsões
assim numa calma tranquila e pachorrenta cumplicidade
sofrerá os empuxos de minha paixão
e por amá-los amar-me-á
(e disso não abro mão)
uma vez que escrevo para ser múltiplo
eu que perdido nessa vaga pessoa em que me exponho
Souza-Cardoso, Pintura, 1914, Museu Municipal Souza-Cardoso, Amarante, PT. |
Poema à guisa de bula: anotado!
ResponderExcluirSigo o Paulo. Belíssimo!
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