1 de abril de 2013

NÃO CREIO


Não creio em nada do que eu não veja
E desconfio do que é visível
Mas rio sempre do que é risível
E o que é sério causa-me arrepio
Filosofias servem-se com batatas
Ideologias com bom tinto vinho
Partidarismos com arroz de pato
Religiões com quartas de farinha
Os bons princípios sempre chegam ao fim
Não importam quais sejam seus preceitos
Como azares acabam-se em sorte
E as certezas vertem-se em receios
E os defeitos enfim encontram acerto
No desacerto final que é a morte
Van Gogh, Comedores de batatas, 1885 (em nicole-hamers.skynetblogs.be).


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