5 de abril de 2013

POEMA DA SOLIDÃO NÚMERO N


A solidão é uma casa deserta
Com as paredes pejadas de prego

Em cada um penduras tuas dores
Que pesadas vão ao chão com um estrondo

Os teus vizinhos não ouvem nada
Nem mesmo o barulho das marteladas
Com que tentas recompor os quadros doloridos
Que pintas com cores sombrias

Tu estás só
E o mundo inteiro à tua volta
Parece sorrir zombeteiramente
Fingindo alegrias em profusão

Todos estão acompanhados
E passeiam pelos parques pelas ruas e avenidas
Suas vidas de harmonia e festa

Da fresta da janela
Teu olhar solitário não percebe
Que tudo lá fora não passa de mera ilusão fugaz

Imagem em pontispopuli.blogspot.com.
 

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