19 de novembro de 2012

O ÚLTIMO NEGRUME

Não entendo muito bem
Os tormentos de um coração descontente
Aqui agosto anunciando setembro
E sua previsível primavera
Lá dentro dele no entanto
O desalento da morte anunciada
Enquanto há flores pela estrada
Crisântemos dálias acácias
Lírios delírios de rosas perfumadas
E ele remoendo dores de outrora
Passados insolúveis
Dias de sombras perdidos em brumas tenebrosas
Cá fora
O sol queima
Mas não há quem lhe possa dizer
Que a vida aflora
Que o tempo urge
E pode ser que a felicidade enfim
Esteja morta
Quando se dissipar o último negrume


Imagem em ultradownloads.com.br.


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