23 de novembro de 2012

BARCO DE PAPEL

Eu sou aquele barquinho louco
Desgarrado
Sem porto
Sem bandeira
Navegando nas águas da enxurrada
Das ruas cheias
Da minha Liberdade menina
Eu sou aquele garoto bobo
Absorto pelas coisas do mundo
Tentando ver em todas as esquinas da vida
Caminhos retos floridos
Rios sem corredeiras
E apesar dos atropelos
Das incertezas
Fiz das possíveis migalhas no meu prato de ágate
O banquete impossível em baixelas de prata
Mas sei que a vida mata
Que a morte é certa
Por isso do tempo que me resta
Se não for festa
Que seja pelo menos tão ditoso
Como aqueles de barquinho louco

Imagem em lelaludens.blogspot.com.

Nenhum comentário:

Postar um comentário