29 de janeiro de 2012

NEM TUDO É FILOSOFIA

Nem tudo em que eu acredito
É do jeito que eu penso
Às vezes penso que é isso
Às vezes não é o que penso
Por isso é que não acredito
Em tudo aquilo em que penso

Pois metade do que penso 
Penso que não seja fato
Me sobra a outra metade
Que está mais para boato
Assim essas duas partes
Vivem em constante distrato

É que uma vai pra um lado
Da outra tão diferente
E quando eu me dou por conta
Na cabeça está ausente
Todo tipo de ideia
Que devia estar presente

É por isso que me resta
No pensamento uma falha
Pois se aquilo que eu penso 
Rodin, O pensador, séc. XIX
(imagem em luizbueno.net).
Fizesse peso de tralha
Certamente faltaria
Carga na minha cangalha

Diante desta certeza
De pensar eu abri mão
Resolvi fazer poesia
Que falasse ao coração
Já que aquilo que eu queria
Fazer de filosofia
Com muito pouca mestria
Não me veio à razão.

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