25 de julho de 2013

PARIS, ALORS ALLONS Y! (Crônica de Paris I)


Há dois anos, prometi a minha netinha Gabriela, então com seis, que a levaria a Paris quando ela tivesse oito anos.

A promessa teve basicamente três motivações.

A primeira, é claro, é a cidade em si. Quando lá estive com Jane, pela primeira vez, fui acometido de uma emoção tão peculiar, acachapado pela beleza da cidade como espaço urbano recheado de cultura e história - aquilo que a mão humana é capaz de fazer, ao intervir no meio -, que tive a convicção - talvez um tanto islâmica, confesso - de que todo ser humano deveria ter o direito de, pelo menos uma vez na vida, ir a Paris.

A segunda era para que eu tivesse um tempo razoável, a fim de dar certa ordem econômica à minha vida, sempre tão propensa ao dia de hoje, ao carpe diem. A imprevidência com o futuro é o mote que me move.

A terceira e última é aquela que não deveria confessar de público, porque há de me tornar quase um monstro calculista a olhares mais sensíveis. Quis esperar que ela passasse aquela primeira fase da amnésia infantil, tivesse com seu disco rígido cerebral cheio terabytes livres, para que, daqui a oitenta anos, possa dizer para seus netos e bisnetos que seu avô foi o primeiro a levá-la a conhecer a Cidade Luz. Porque, se há uma pretensão em mim, é a de que não morra, tão logo o meu cadáver seja inumado sob primitivos sete palmos, ou sofra um processo de churrasqueamento tão em voga. Justamente eu, que não acredito em outra vida, sou dado a essa preocupação.

Agora estamos os três – ela, a avó e eu – num avião rumo à capital da França.

Em casa, um pouco antes de sair, chamei-a para dizer sobre a cidade e o país, e a importância tão acentuada que já tiveram para o mundo. Seu pai já a havia também preparado.

Recentemente ela esteve na Flórida, com os pais, o irmão e os tios, para desfrutar dos parques de diversões, o que poderia ter como parâmetro para esta viagem de agora.

No momento, enquanto estamos a caminho do nosso destino, em cuja programação também estão incluídos parques, castelos, viagem de TGV, passeios por pontos turísticos tradicionais e as baladas badaladas de Paris, não sei qual será o resultado desta viagem. Daqui mais alguns anos, contudo, há de ser uma mina de que ela extrairá preciosas joias de sua experiência.

Paris, alors allons y!
Imagem em zazzle.com.br.

2 comentários:

  1. Quando o Alfredo me contou da vossa viagem, pensei: vai levar a Gabi à Euro-Disney!... Ah, como fiquei contente ao saber os seus motivos e o programa!...
    Também gosto muito de Paris... Mas não me atrai a Euro-Disney.
    Boa viagem. Desfrutem.
    Beijo para os três, com o da Gabi muito especial.
    Daisy

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  2. Obrigado, Daisy! A Eurodisney foi menos interessante. A própria Gabi reconheceu isto. Ela preferiu o Parque Asterix.

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