10 de setembro de 2010

ALGUMAS OBSERVAÇÕES DESCOMPROMISSADAS

I
Semana passada, estive na Livraria Gutenberg olhando uns livros. Procurava aleatoriamente algum que me despertasse o interesse. Sobre uma das estantes no meio da loja, vi um cujo título é Por que os homens se casam com as manipuladoras, de Sherry Argov. Eis aí um livro dispensável de se ler. Em primeiro lugar, porque o título já diz tudo e não preciso de explicações para o inexorável, o implacável. Em segundo lugar, porque, se não fosse com as manipuladoras, com quem nos casaríamos? Restariam apenas os homens para o consórcio, e aí estou fora! Estou certo ou não? Hahahahaha! No caso, o substantivo e o adjetivo já vêm – perdoem-me o trocadilho infame – casados de fábrica: mulher manipuladora. E isso já não é nem mais um defeito, mas sim uma característica intrínseca, inata. Por isso, não há como escapar! Acho que ainda continuo certo, né não? Hehehehehe! É como a celulite! Se você for procurar alguém sem celulite, não encontrará neste planeta. Vão me dizer, então: E as saradas de academia, cheias de bíceps, tríceps, quádriceps e por aí afora? E eu pergunto de volta: essas querem casar com algum homem, que vai ficar barrigudo no segundo ano de casamento, porque odeia academia, bebe cerveja e gosta de ficar sentado diante da tevê vendo jogo de futebol? Hihihihihi!

II
Desde que o Brasil é Brasil, aí incluídos Ilha de Vera Cruz, Terra de Santa Cruz etc. e tal, vivemos a poder de simpatias para tudo. Ora, bolas! A única simpatia que dá certo é aquela da morena bonita que sorri para você e, aí, as coisas acontecem. As outras, cujo receituário rádios e jornais publicam quotidianamente, essas jamais funcionam. E olhem que uma penca de gente vive de simpatias. Talvez milhões, por esse Brasil afora. Agora lhes digo com a sinceridade de Nelson Rodrigues: se simpatia funcionasse, minimamente que fosse, o povo não teria nenhum tipo de problema. Acho que simpatia é, mais ou menos, guardadas as devidas proporções, como remédio de homeopatia: se você acredita, pode ser que o troço funcione. Mas, na dura, na batata, tudo isso é um tipo de placebo para as nossas agruras cotidianas. Nós que vivemos tão desamparados na vida.

III
A Ciência anda mudando tanto de opinião ultimamente, sobretudo a Médica, que corremos o risco de morrer sem saber a causa. Já viram quantas coisas foram recuperadas, depois de mal faladas durante anos: o ovo, a carne de porco, agora a gordura de coco? E uns e outros dizem tanta baboseira sobre o valor curativo desse ou daquele vegetal, desse ou daquele grão, que já fico cabreiro, meio de orelha em pé. Há algum tempo, na TVE, no programa Sem Censura, uma “especialista” dava conselhos de saúde sobre algo que tinha descoberto. Minha mulher, Jane, ficou impressionada e comentou comigo. A tal entrevistada da Leda Nagle dizia, na oportunidade, ter constatado que, caso você tivesse um problema de estômago, comer dobradinha (estômago de boi aqui no Rio de Janeiro) melhoraria seu mal. Assim, se fossem problemas cardíacos, comer o coração do boi ajudaria no tratamento. Segundo ela, tais órgãos teriam uma sintonia anatômica com os nossos, mesmo sendo de bois e vacas. Como tenho carteirinha de cético carimbada no Cartório de Títulos e Documentos, não pude perder a oportunidade e perguntei para minha crédula cara-metade: E se eu tiver problemas de hemorroidas, vou comer o cu do boi? Para você ver até onde chega a doideira do ser humano! Mas o meu argumento foi acachapante para a teoria da mulher. Com uma frase, detonei a argumentação dela. Afirmar em público tal coisa é temerário demais. É como você dizer que já viu disco voador.

IV
Um pai de santo acaba de dizer que o time da Gávea não faz gols há não sei quantos jogos, por conta do espírito da moça assassinada pelo ex-goleiro que, no momento, defende o time de uma prisão em Minas Gerais. Ele estaria amarrando o ataque do time. Ora, deixem o espírito da moça em paz! Além de matá-la, estão atribuindo a falta de futebol do time à pobre coitada. Não basta já ter sido vítima de uma barbárie? Agora terá de carregar mais esse carma pesado para a outra vida (se é que existe!)? Desconjuro, credo!

V
Para encerrar, quero dizer que dei por encerrada qualquer pendência, qualquer desavença, qualquer pinimba, por mínima que seja, que tinha até o presente momento com a família Riquelme (daquele jogador de uma seleção de um país ao sul do nosso), após ver a Larissa Riquelme na Playboy. Nunca pude imaginar que tal família pudesse produzir espécime de tão alta admiração! Salve simpatia (essa, sim!)!

3 comentários:

  1. Olha, dobrei de rir com a receita de comer cú de boi para curar hemorróidas que cheguei a assustar o pessoal aqui de casa que me recomendam assistir ao programa do Serra dizendo que foi ele que inventou o Bilhete Único em São Paulo, que dizem ser ótimo para segurar riso solto. Ah, e também vi a Larissa em 3D... essa paraguaia vai longe, véio!

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  2. Parodiando o Paulo Laurindo: " Ri à desbragada!"
    Você se superou, sensacional,mas, Mestre, se tivesse, vós, um problema no pênis. Come-lo-ia?

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  3. Para vocês verem até onde chega essa doideira de saúde. Já pensaram tratar de impotência ingerindo pênis de boi? Tou fora!

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