i - Brasília fede
Em Brasília, Joaquim Roriz, homem probo e limpo de espírito, praticamente uma Vestal da política brasileira, tirou seu cavalinho da chuva e pediu que seus fiéis idiotas – desculpem! – seus fiéis eleitores votem na dona patroa. Se ela desistir, poderão votar no seu cachorro, no seu cágado ou em qualquer pau-mandado que ele indicar.
Aliás, corre na grande rede vídeo* do debate de que participou dona patroa. Foi lamentável! O que é aquilo? Fiquei com vergonha de ver!
Parece que Brasília nasceu com vocação para latrina. É uma pena!
ii - Só mané
Enquanto a legislação eleitoral aceitar a inscrição de candidatos que se escondem atrás de apelidos, ridículos ou não, a política brasileira será essa degradação que se vê. É óbvio que nem todas as mazelas provêm disso. Mas já é um indício de que as coisas vão mal.
O eleitor é obrigado a levar o desacreditado título, cuja validade será atestada por mais um documento com foto, para votar em Tiririca, Zé do Posto, Antônio da Birosca, Neguinho da Água, Leo do Bode, Boy Malvão, Mc Geleia, Barriga do Açougue, Filé, Zé Bonitinho, Eu Faz, Papinha, Broder, Beko Negão, Bimbim, Burrinho da Oficina, Chica Chiclete, Zezinho Merda, Xota Oi Meu Bem, etc., etc.
iii - O eleitor tem de ser idôneo
Não sei se, com a falta de decisão sobre a ficha limpa (ou suja, como queiram), o STF agiu como Pôncio Pilatos, lavando as mãos e postergando sua posição definitiva. Com isso a canalha vai continuar com o direito de se candidatar? Seria assim uma nova espécie de indulgência plenária? Talvez sim!
No entanto esse povinho que milita nos códigos e nas contravenções penais não pagou nada por essa indulgência, como era comum no passado. Ao contrário, surrupiou, tirou, roubou, fraudou, enganou, iludiu, falsificou, matou, traficou, desviou, contrabandeou, prevaricou, açambarcou, invadiu, depredou, cooptou, subornou, foi subornado, malversou, dilapidou, saqueou, despojou, sonegou, etc., etc. E vai continuar faceiro, rindo da cara do eleitor, que terá de levar título+documento com foto para provar que não está cometendo falsidade ideológica e é idôneo para exercer seu dever.
iv - Amputado estadual
Fui ao Rio de Janeiro ontem e vi na Praça Quinze, à saída da estação das barcas, meio boneco gigante do candidato Wagner Montes. Era apenas o busto, vestido com um paletozão escuro, sua cara esculpida em papel machê.
Tomei um susto pelo tamanho do boneco, mas fiquei encasquetado. O Wagner, afinal, tem apenas uma perna ou não tem nenhuma, como seu boneco de propaganda? Escraaacha!
Ê eleiçãozinha mais rastaquera, sô! Mas domingo estarei lá, apertando botões para tentar criar alguma coisa melhor do que temos aí e não uma hecatombe nuclear.
(*Se quiserem ter o mesmo desgosto meu, o endereço é http://www.youtube.com/watch?v=tPAFK_3nx9k)
Estes caras deviam entregar curriculo, atestado de antecedentes, declaração de renda e pelo menos umas 50 cartas de recomendações com firma reconhecida juntamente com o atestado de antecedentes dos declarantes, para cada eleitor inscritos na sua área de atuação. Além disto, se eleitos, deveriam participar de um exorcismo público para fechar o corpo de toda e qualquer tendência de acanalhar-se.
ResponderExcluirAinda assim, Paulo Laurindo, eles encontrariam uma nesga para prevaricar. Esse pessoal é muito esperto. Acabei de ver que o Netinho, aí de Sampa, também entrou na farra.
ResponderExcluir