vou abrir a janela do meu quarto sobre a cidade
e ver a chuva fina cair
como o derradeiro choro dos impossíveis
dos insondáveis mistérios humanos.
vou abrir a porta que dá para a rua
e deixar penetrar a umidade fria
dessas noites solitárias de agosto.
os tempos não estão para peixe
assim como o mar em frente.
os dias não estão tão claros
como o horizonte dos pessimistas.
vou abrir meus olhos duros
sobre o concreto aparente dos edifícios
sobre os viadutos os muros
e sonhar com as tardes luminosas do mês de outubro.
Poema decidido e suave. Gostaria de tê-lo escrito.
ResponderExcluirÔ trem dando de bonito, sô!
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