19 de janeiro de 2013

CHORO

(Em memória de meu pai, Argemiro.)

Tenho o péssimo hábito de chorar
- que me incomoda -
Choro nas mortes nos nascimentos na vida
De alegrias e tristezas
Às vezes copiosamente
 - um rio caudaloso que irrompe do fundo da minha terra -
Às vezes parcimoniosamente
- um filete d'água sobre o chão seco da face -
Choro de soluçar
E em silêncio
Sem querer incomodar os que estão próximos
Choro nos ócios e nos negócios
Que o tempo nos impõe a cada dia

Mas estou sempre rindo
Alegre contente feliz
Como se toda essa chuva de lágrimas
Regasse a aridez da vida que me cabe

Imagem em romanos12.blogspot.com.

Nenhum comentário:

Postar um comentário