27 de junho de 2015

O AMIGO INCONSOLADO

(Para e por Francisco.)


Eu tenho um amigo às vezes inconsolado
Que chora no meu peito
E pede colo
Mas que sorri o tempo maior do dia

Passa por mim como se fosse um meteoro de luz
A brilhar com seu sorriso
Os obscuros passos dos becos da vida

O meu amigo inconsolado ainda anda incerto
E pensa que tudo sabe
Só porque aperta as teclas do computador
Como se fossem botões de um acordeão desafinado

E corre à noite pela casa
E faz cocô na fralda
E diz cada coisa engraçada
Com a pureza da alma que ele porta

O meu amigo inconsolado
Não chora mais que outros amigos
E faz meus olhos marejarem de saudade
Sempre que não está comigo


Francisco, em foto através de celular, pelo avô.

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