na minha terra não há lago não há lagoa
apenas valões e corgos
como o valão do coleto o valão do zé doença
o valão liberdade
o valão do lírio no alto da serra da capetinga
(que nunca vi) e outros mais
tudo água tímida e apressada
talvez por isso essa minha ânsia de água grande
esse meu sonho líquido de lagoa feia
de cima dos patos mirim mangueira araruama
que sempre me atraíram no mapa do brasil
por isso talvez essa admiração respeitosa
pela imensidão do mar do oceano
reflexo humano dessa ampla costa brasileira
águas tranquilas reiterativas sempre ali
comunicando-me o eterno o infinito
das coisas capazes de perpassarem o tempo
sem a angústia que nos deixa este momento
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