29 de março de 2014

SONETOS PARA OS NETOS (II)

(Para Gabriela, Bruno e Francisco, mais uma vez.)

Vivo pensando em fazer sonetos para os netos
Mas tenho medo das curvas do primeiro quarteto
Pois se não caio por próprios deméritos
Não escaparia do fecho do último terceto
Todo verso quebrado é um estranhamento
Que não cabe bem em um soneto
Que se pretenda um poema certo
Por isso acho que não vale a pena
Cometer sonetos de somenos
Enquanto há tantos outros versos
Espalhados por inúmeros poemas (ainda que toscos)
Que podem dar sentido
Ao sentimento de incerto avô discreto
Entretido apenas em amar seus netos

Bruno, Gabi e Francisco, em visita ao Museu Janete Costa de Arte Popular de Niterói (foto do avô-coruja).

2 comentários:

  1. Eu tive uma avó materna maravilhosa e fui muito mimada por ela, por isso, acho muito bonito, toda a dedicação dos avós, principalmente, quando são inspirados pelos netos! Muito sensível!

    Abraço do Pedra

    www.pedradosertao.blogspot.com.br

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  2. Teus netos são uns sortudos!... Com avô assim nem precisam de poemas, eles sentem o amor, carinho e afecto todos os dias!
    De qualquer forma, o poema está engraçado!
    Aquele abraço!

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