24 de fevereiro de 2014

DESALINHO


Sinto-me em desalinho
Mesmo estando sozinho refratário
Desalinhado das coisas que correm em paralelo a mim
Aqui uma recordação frouxa da infância
Ali um amor perdido no vento
Acolá uma desesperança feita realidade no presente
Outras vezes o desalento a saudade empedernida
E a impertinência comum a tudo o que ocorre na vida

É um desalinho tosco
Ou mesmo um certo empeno
Desses que até a madeira nobre apresenta
A qualquer tempo
Eu
Que sou tão simples tão pequeno
Embora pretenda a grandeza dos heróis eternos
Também mantenho meu desalinho com frequência
Que é para não perder a esperança
De algo bem promissor que me aconteça
Uma coisa bem simples que pareça
Uma deslumbrante forma de viver

Árvore ao anoitecer na Bicuda (foto do autor).

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