(Em memória do meu primo Batistinha.)
Depois de morto
Nada mais importa
Nem o que virá
Nem esta porta fechada
sobre o agora
E aberta para o nada
As luzes apagadas
O tempo outrora
Reduzido a meras anotações
sem hora
A memória rara das coisas
simplórias
Uma ou outra tristeza que
não chora
Um gesto trivial
As glórias transitórias
Registros indeléveis
Lapsos de memória
Previsíveis formas de
ilusões cotidianas
As mesmas formas repetidas
há anos
Diante do momento fatídico
da morte
Nada mais importa
Nem o porto nem o cais nem
a rota
Nem o barco perdido entre
as vagas do oceano
Gustave Doré, Caronte - ilustração para a Divina Comédia, de Dante Alighieri (em pt.wikipedia.org) |
Belíssima homenagem.
ResponderExcluirValeu, Zatonio!
ExcluirLinda! Vou publicar . Mas, pra nao deixar de ser eu...
ResponderExcluirObrigado, Joel!
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