24 de outubro de 2015

NAU SEM RUMO


Não faço planos
Não vou cumprir nenhum deles

Vivo os anos
Os meses
As semanas
Ao sabor dos desenganos

Porém há dias em que me iludo
E traço metas
Estabeleço objetivos
Que não se completam
Não se cumprem
E me engano

Vivo aos trancos e barrancos
Como um barco frágil ao sabor do vento
Por entre as vagas traiçoeiras do oceano

E se acaso o cais se vislumbrar ao fim da lida
Recolho a vela
Lanço âncora
E como um velho marujo enrijecido pelos danos
Vou sorver um vinho alegre numa velha taberna conhecida

Théodore Géricault, A balsa da medusa, 1818-1819, Museu do Louvre (em pt.wikipedia.org). 

2 comentários:

  1. Sim, este é o melhor de todos os planos.

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  2. Não sei porquê mas me lembrei das inúmeras pequenas coisas que planejei consertar aqui em casa. rsrsrs

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